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19 novembro, 2008

EntraSais

...indescritivo
sabor da maçã...
em vez a polpa,
tiro a R.O.U.P.A
da louca
que me chama
Na cama
me ama
e aos poucos
revela-me:
- sou sacana!

O sumo degusta,
por meios de uvas
“enlouquecente” sabor
no decorrer - o sal.
Que tempera
os nossos corpos
já NUS, EU com TU
entra e “sais”...


Jones Moreira

... intraPESsoal ...

Aos poucos minha vida vai se tornando cada vez mais decrépita,
os dias já não me fazem sentidos...
As pessoas têm um “tom” apático, enlanguescido...
vejo sem muito gosto o mar que a vida me traz e,
devotamente sigo o chamado ciclo vital (manhã, tarde e noite)
para qualquer ser humano vivente na Terra.
Pessoas falando tudo que desejam fazer,
sem entusiasmo para concluir seus próprios sonhos...
falam, traçam, mas esquecem de caminhar.
Sem perceber acabo cedendo e
fazendo parte da mais desencarniçada guerra.
Aos poucos me vejo abatido,
encurralado pelo inimigo que sempre tive total domínio...
derrotado pelo arquétipo do desumano ser
que no espelho reflete-se,
me sinto cada vez menos apto a condizer
com aquilo que acredito, se é que acredito de fato.
Relatos em papéis borrados com marcas de café,
feitos pela minha caneca,
as coisas dos dias em que vivo e,
vejo que não são plausíveis a um ser
com qualidades e defeitos como “EU”.
Conheço a cada dia,
a cada minuta de hora passada – pessoas, mundos...
para ser mais sensato – ILHAS.
Ilhas completamente cheia de suas próprias terras (cheia de si)...
terras precisamente solitárias,
desabitadas... terras doentias, sombrias...
simplesmente terras - terras vazias!
Com visão de um mundo quadro,
milímetra(mente) calculado pelo esquadro de um homem,
que si diz ser, o Arquiteto.
Um homem semelhante ao mesmo da criação.
Com sentimentos, desejos, vontades impulsionadas
pelos prazeres que o leva além da sua razão...
ilhas, o cais da humanidade que desprendeu-se
da verdade indo vogável(mente) ao encontro de sua sandice
enlouquecida.... cais sem porto, mais de dezenas
de homens mortos assim como as fúrias de suas filhas.
Sem brado, nem alarde...
caminhando de encontro à mocidade covarde,
que despeja os seus sonhos no colo de uma puta (pátria amada)...
o gozo surge mais tardio, de fato.
Não causa efeito algum, nem mesmo em sua prole gera um feto.
Pelo contrário, desafeto - pelas atitudes
já sem ação dos mais entendidos da sociedade,
que passam meses e outros mais, querendo ir à praça e gritar,
soltar toda sua indignação, sinalizar os descasos
dos governantes prepotentes...
sabe Rapaz, os dias são todos iguais:
sejam feiras, feriados, sábados e domingos.
Dia é dia... e se for fazer alguma coisa, que seja agora!
Pois, o ontem já passou...
o amanhã surgira ou não...
o hoje é o mais certo por estarmos vivendo,
vamos ressaltar os nossos pensamentos
e fazê-los caminhar uniformemente (pensamento e ação).
Somente um grito nos reavivará
– REVOLUÇÃO INTRAPESSOAL.


Jones Moreira

... hoje ...

Hoje
prefiro ser
bem mais sincero
que os livros...
Prefiro sentir
o teu cheiro,
o cheiro
que exala
do teu corpo,
do teu cabelo...
um toque na tua mão,
um beijo na tua boca.
Um sorriso que surge
das palavras sem alinhamento.
Um olhar desconcertante
e ao mesmo tempo provocador.
O fluxo dos pensamentos
que enlouquece qualquer história
que retrate o sentimento
que se chama AMOR.
Do que uma eternidade sem você...

Jones Moreira

tuDO poESIA

Tudo vira poesia
quando o sonho é bem vindo
quando o amor não é visto
quando o sentir é doloroso

Tudo vira poesia
quando longe se encontra
quando não vejo esperança
quando sofrer não passa de um
inusitado momento de desesperança

Tudo vira poesia
quando me lembro dos velhos dias
quando almejo o porvir
quando releio as antigas cartas, escritas a mim
por um certo alguém

Tudo poesia pode vira
basta deixar o sentimento pulsante agir
e a imaginação ressoante transformar
e os temores passarem pr’além da imaginação



Jones Moreira

16 novembro, 2008

Fora da compreensão

Duas almas que em um mundo
Havia unido Deus...
duas almas que se amavam,
essas eram, VOCÊ e EU.
Por lá hemorrágica(mente),
sagrava o nosso amor.
Entregamo-nos a vida
como jamais deveríamos...

em dia no caminho (trajetória)
que cruzavam nossas almas,
surgiu uma sombra de ódio
o que causou a separação.

Desde então naquele instante,
friamente morri para o amor.
Em uma cerca de espinhos,
cujas as flores enfeitam,
de sofrimentos mesquinhos
não podemos fingir a realidade.

Os sentimentos expostos,
descobertos, não mortos (viventes)
Fresa os corações metálicos
que já nem sabem qual caminho devem seguir.
Em meio aos sentimentos de Deus
O ser humano não descreveu,
quão poderosos são...

unificador dos seres distintos,
em uma corporificação,
somos de tal forma extintos
HOMEM e MULHER.
Nesta odisséia martirizante,
onde duas almas amantes
são compostas de sentimentos quaisquer (dóceis).
Exercitando sempre descobriremos
o potencial versátil...
em uma nova era glacial,
tátil são os sentimentos
normais de MARIDO e MULHER.


Jones Moreira

Outro

O sentimento não é gente
Não sente,
o que você sentiu.
Desejo no corpo corrente,
presente...
você não resistiu.

P'ra poucos
o amor é apenas um ilusão.
Mesmo no Saara á sós,
o mar é sempre uma
leve e breve paixão



Jones Moreira

Você, pensamento Meu !



Pretensão da minha parte, mas,
apenas quero você...
todos os dias da minha vida,
é perigoso te amar?
Ridículo é meu querer?
Imagine os meus sonhos,
meus desejos...
com toda certeza,
sem sobra de dúvidas,
irás gostar.
Amanheço descrevendo-os
para um dia lhe contar!
Figurinista,
protagonista
dos meus filmes imaginários...
és o encanto que fortifica o meu elo.
Respeitando automaticamente
os desejos que tenho por ti,
gostarias que soubesse
que p'ra você eu nunca mentir,
na verdade eu prefiro omite.
Sinto o pulsar das nossas emoções
Escuto as palavras de concretizações
do nosso sentimento
E alegro-me por ser
– o meu pensamento...

04 novembro, 2008

Filotônia existencial

Dois seres em comparação
Duas mulheres sem direção
Uma perdida pela paixão platônica,
Amor cego
Seduzida pelo jeito angelical.
Ama-o, mas não a ama.

Outra politizada, com filosofias de sobrevivência...
Completamente diferentes aos olhos do mundo.
Acredita ser perfeita, ser desejada por todos • és louca...
Mas, a sua paixão!

No meio um ser em evidências
Um triângulo complexo para se resolver
Sem ângulos exatos para serem medidos
Diga-me ser EVI... O que farás?
Explica-me como resolver esta filotônia existencial!

N’um avanço da magia intelectual perdem-se no fim.
No decorrer ficarás entregue ao porvir...
Ficarás só como todos no mundo,
E quem escolhera para ti?

Ações duma Obá (Acróstico II)

Suas são as mais admiráveis ações
Ultrapassando as minhas razões
Emérito em suas atividades
Lidar com as maiores dificuldades da vida
Inda antes mesmo do amanhã...

Dama dos olhos mais iluminados
Olhos dignos de rei
São os que admiram os fatos do cotidiano

Saiba que todos os meus desejos
Antecipam os meus sentimentos - sem enganos;
Na verdade, os meus sentimentos antecedem os meus desejos...
Tudo que admiro nesta vida, tem vida própria.
Os mistérios da existência transformam em decência os anseios
Sutil a natureza de amar ...

...onde sou você...

Conversa evolutiva, espirituosa...
Elevamo-nos a outro nível mental, a outro mundo.
Transportamo-nos profundamente no ser.
Perco-me em palavras ditas, extraídas de um ser consolador.
Deixo-me envolver com o assunto, levo-me aos sonhos profundos de minh’alma.
Anseio sem medo os teus braços
que me pegam feita à criança descalça
que brinca, tripudia os medos...
Liberta-me dos desejos impuros,
quando pulo o muro da imaginação.
E observo que no mundo
não somos tão diferentes.
Ambos transparentes
que do amor não ver doente
o ser na frente há desejar.
Desfrutar do sentimento sem medo,
d’um abraço sentir o aconchego
e o sorriso que os lábios ficam a delinear.

Onde você sou eu?...

Em momentos de carência, no desplante
conduzimos a nos beijar...
Sou você por alguns momentos,
nos sonhos mais belos está presente,
nos momentos de tristeza se faz ausente...
Cadê você, onde posso lhe encontrar?
Lembro-me que estás sempre comigo,
Estás no oculto do meu ser - no infinito sentir...
Feliz, sinto-me por saber que vem sem medo.

Abraços e beijos logo cedo,
encontra-se a desfrutar.
Amo te, e você?

EU existo

... sou tudo que um dia temia ser

Sou o pão que o diabo amassou
Sou o pássaro que perdeu o vôo
Sou o ator iludido da história, eu sou!
Sou a nota da canção fora da métrica

Eu sou nada mais que a dialética
Sou tudo aquilo que se encontra fora
Sou o bicho que rosna fora da hora
Eu sou a tecla!

Sou o mendigo na esquina que passas
Sou o coxo no meio da praça
Sou do automóvel apenas a carcaça
Eu sou a pirraça!

Sou do faminto a sua morte
Sou do menino o braço mais forte
Do arquiteto a sua caneta
Eu sou o capeta!

Das meninas sou a atração
Sou do poeta a inspiração
Ao troglodita me faço segredo
Eu sou o desejo!

E para agir com perfeição
Do meu passo perdi a razão
E do destino me desliguei
Me fez a lei!

Meus seguimentos - lhe entreguei,
Os mandamentos, expliquei...
Da minha face se perdeu
Criastes um deus...

Dos meus olhos sangria mistérios
Das minhas mãos jorram impérios
De minhas palavras levantaram-se reis
Eu sou vocês!

Minhas promessas todas - cumpri
As linhas incorretas, desalinhadas, eu corrigi...
O meu filho vos enviei
E assim paguei!...

No calvário implantastes a cruz
Em terra obscura, sempre fui à luz...
Das palavras fui o inicio
Eu sou o principio!...

Estou no meio das entrelinhas
Eu sou a chave de onde caminhas
Da carne fui à desistência
Fez-me a crença!...

Sou ambigüidade
Sou fundamento
Sou bem e mal
Eu sou o tempo!...

Eu sou o médico que cura
Sou a solução que procura
Sou tudo aquilo que não precisas buscar,
Mas, me tornou a desgraça pra sua vida!

Se insiste em me conhecer
Eu não posso mais me esconder
A razão que lhe trouxe
É a mesma que lhe levará

Noctâmbulo para o abismo
Que sua mente irá cavar
Pois, se queres saber meu nome
Eu irei lhe revelar

Eu me chamo atitude
Consciência, fé ou ingratidão...
Efeito, resposta...
Remorso, para alguns - insatisfação...

Na verdade eu sou a sua forma de agir
O seu modo de pensar, de ver ou de lutar
Eu sou você...
Sempre que se encontrar a chorar!...

Nossa, gente!

A coisa anda mal
A multidão entende
E cala
Até que o povo grite
Um dia (o momento ideal)
A fome e a miséria nossa
Está faltando ação
É o momento oportuno
Com frutos maduros
Que estão os pássaros a devorar
Frutos que caem
No solo pátrio
A se espatifar


(Grau) Granjeiros pedem tempo
Deixando a multidão
Ululante sem alimento
Como escravo do “senhor”
Morrem famintos
Os filhos do povo Sofredor

02 novembro, 2008

S.U.S.pense





Uma pequena prévia
analógica sobre o S.U.S.
meu modo de ver/observar
o mundo ao nosso redor.

01 novembro, 2008

Beckettiano

“Herói” deplorável de um mundo absurdo...
Expressão beckettiana do sofrimento.
“os homens morrem e não são felizes”
Pensam no libertador suicídio
Na terra tudo vai - mal...
Além das palavras sem atos
Nascer – sofrer – morrer
Nada justifica a existência do homem
Que profere desalentadas afirmações
Quanto à vinda, submisso...
Fala da vida como se fosse teatro
Vive o teatro como se fosse à vida
Questionamento beckettiano se a firma
- onde há os valores espirituais, se o homem
esta preso ao corpo e suas funções e necessidades?

Edifício

Pensar é FÁCIL
Entender EDIFÍCIO
Amar é FÁCIL
Se doar EDIFÍCIO
Viver é FÁCIL
Realizar-se EDIFÍCIO

Fácil é FÁCIL
Difícil EDIFÍCIO

Ser colega é FÁCIL
Ser amigo EDIFÍCIO
Ser amante é FÁCIL
Ser marido EDIFÍCIO
Ser atenção é FÁCIL
Ser compreendido EDIFÍCIO

Difícil é ser FÁCIL
Ser fácil EDIFÍCIO

Falar, cantar, gritar, discursar é FÁCIL
Fazer acontecer sem falar EDIFÍCIO
Beijar, trepar, fuder é FÁCIL
Sentir emoções sem prazer EDIFÍCIO
Buscar sempre o fácil é FÁCIL
Tentar alcançar o impossível EDIFÍCIO

Intervalo

“o som é um traço entre o silêncio e o ruído”
Silêncio - som sem ruído
intervalo imprevisto
do dito pelo não dito
do ponto que não foi escrito
desta forma o Silêncio logo foi visto
sem cor / nem destinação
silêncio, quase sempre, vêm
após um não
Choro...
gemidos...
velas...
caixão.
som fúnebre
foi-se mais um irmão
um minuto em ordem de respeito
– desrespeito - sociedade
crianças nas estradas – lutando pelo pão
trabalho física/mente os políticos
redução de pobreza
melhor educação
escola do “povo” é a construção
escravismo - tormento
que entorpece e agoniza
a história - som...
sentido de desabafo
desordem/ordem e progresso
caos – musicaos
limites confundidos
fragmentos dos séculos concedidos
projetados – SILÊNCIO!